quinta-feira, 7 de junho de 2012

— São Pedro de Córdova
O santo de hoje viveu num tempo de grande perseguição. Foi no século IX, no ano de 851: um rei de outra religião estava impondo para os cristãos a renúncia de Cristo e a adesão a tal outra religião. Claro que muitos optaram pela fidelidade a Jesus, mesmo em meio às ameaças e perseguições.
Pedro, fiel leigo, que foi para Córdova junto com outro amigo por causa dos estudos, deparou-se com aquela perseguição. Eles se apresentaram a um juiz, que questionou a fé daqueles cristãos. E Pedro respondeu testemunhando Jesus Cristo, falando sobre a verdadeira religião, da Salvação, do único Salvador. Aquele juiz não aceitou os argumentos e condenou Pedro e seus companheiros ao martírio.
Eles foram com alegria, testemunhando a esperança da ressurreição. Foram degolados e depois tiveram seus corpos dependurados e queimados, e ainda tiveram suas cinzas lançadas num rio, para que ninguém os venerasse.
Diante do testemunho desses mártires, peçamos a Deus a graça da fidelidade.

São Pedro de Córdova e companheiros, rogai por nós!
Corpus Christi
A Eucaristia pertence a três grandes destinatários. Antes de tudo, a toda a humanidade. Na narrativa da instituição, o sacerdote repete as palavras de Jesus sobre o cálice do sangue, sinal da nova e eterna aliança, o qual foi derramado por todos para a remissão dos pecados. A doação de Cristo a todos no gesto da cruz, renovada no sacramento da Eucaristia, significa que ela se faz dom para a humanidade. Teilhard de Chardin avança mais longe. Na Missa sobre o mundo, vê a Eucaristia em ligação com o gigantesco processo cósmico evolutivo de bilhões de ano.
Os cristãos acreditam que o ato de entrega de Cristo na cruz se faz presente no sacramento eucarístico. A Eucaristia, portanto, renova sob sinais visíveis o amor infinito de Cristo, levado ao grau extremo na doação de sua vida. Em qualquer lugar em que se celebre o mistério eucarístico, o cristão se sente em casa. Aí vê realizado de modo misterioso nos sinais do pão e do vinho o maior mistério de amor acontecido na história humana por parte do próprio Filho de Deus.
Nessa fé se baseia o ecumenismo. Pouco a pouco, caminhamos para a grande intercomunhão entre todos os cristãos na Eucaristia. Porque nela se realiza o mistério da Reconciliação de todo pecado, de toda separação, de toda divisão pela força mesma da graça. O Concílio de Trento reafirmou a doutrina bíblica da reconciliação pela a cruz e ressurreição do Senhor e da sua presencialização na Eucaristia.
No entanto, ela, já antecipada pela natureza mesma da Eucaristia, ainda não se fez história. A Igreja católica se entende como a principal ministra dessa Eucaristia, cabendo-lhe a missão de velar e zelar pelas condições de sua realização. Ainda não conseguimos resolver o impasse ecumênico com todos os cristãos e muito menos com toda a humanidade, no sentido etimológico do término. Oikoumenos, em grego, deu ecúmeno em português, que, segundo Houaiss, significa "área geográfica que é permanentemente habitada pelo homem". Jesus e todo cristão sonham que a Eucaristia se torne alimento de todos os humanos.
O trabalho ecumênico consiste, por conseguinte, no duplo movimento. Teologicamente, mostrando a ecumenicidade, a universalidade da Eucaristia, como dom a toda humanidade. Pastoralmente, criando as condições e os passos para a intercomunhão entre todos os cristãos e depois entre todos os humanos que reconhecerem como todo o processo evolutivo, de hominização e de humanização, encontra no Cristo cósmico, o príncipio e o fim. Jesus eucarístico significa, portanto, Alfa e Ômega de toda realidade.

Oração do dia
Senhor Jesus Cristo, neste admirável sacramento nos deixastes o memorial da vossa paixão. Dai-nos venerar com tão grande amor o mistério do vosso Corpo e do vosso Sangue, que possamos colher continuamente os frutos da vossa redenção. Vós, que sois Deus com o Pai, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Êxodo 24,3-8)
Leitura do livro do Êxodo.
24 3 Moisés veio referir ao povo todas as palavras do Senhor, e todas as suas leis; e o povo inteiro respondeu a uma voz: "Faremos tudo o que o Senhor disse." 4 E Moisés escreveu todas as palavras do Senhor. No dia seguinte, de manhã, edificou um altar ao pé da montanha e levantou doze estelas para as doze tribos de Israel. 5 Enviou jovens dentre os israelitas, os quais ofereceram holocaustos e sacrifícios ao Senhor e imolaram touros em sacrifícios pacíficos. 6 Moisés tomou a metade do sangue para metê-lo em bacias, e derramou a outra metade sobre o altar. 7 Tomou o livro da aliança e o leu ao povo, que respondeu: "Faremos tudo o que o Senhor disse e seremos obedientes." 8 Moisés tomou o sangue para aspergir com ele o povo: "Eis, disse ele, o sangue da aliança que o Senhor fez convosco, conforme tudo o que foi dito."
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo responsorial 115/116
Elevo o cálice da minha salvação
invocando o nome santo do Senhor.
Que poderei retribuir ao Senhor Deus
por tudo aquilo que ele fez em favor?
Elevo o cálice da minha salvação,
invocando o nome santo do Senhor.
É sentida por demais pelo Senhor
a morte de seus santos, seus amigos.
Eis que sou o vosso servo, ó Senhor,
que nasceu de vossa serva;
mas me quebrastes os grilhões da escravidão!
Por isso oferto um sacrifício de louvor,
invocando o nome santo do Senhor.
Vou cumprir minhas promessas ao Senhor
na presença de seu povo reunido.

Segunda Leitura (Hebreus 9,11-15)
Leitura da carta aos Hebreus.
9 11 Porém, já veio Cristo, Sumo Sacerdote dos bens vindouros. E através de um tabernáculo mais excelente e mais perfeito, não construído por mãos humanas (isto é, não deste mundo), 12 sem levar consigo o sangue de carneiros ou novilhos, mas com seu próprio sangue, entrou de uma vez por todas no santuário, adquirindo-nos uma redenção eterna. 13 Pois se o sangue de carneiros e de touros e a cinza de uma vaca, com que se aspergem os impuros, santificam e purificam pelo menos os corpos,
14 quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu como vítima sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência das obras mortas para o serviço do Deus vivo? 15 Por isso ele é mediador do novo testamento. Pela sua morte expiou os pecados cometidos no decorrer do primeiro testamento, para que os eleitos recebam a herança eterna que lhes foi prometida.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Seqüência
Eis o pão que os anjos comem transformado em pão do homem; só os filhos o consomem: não será lançado aos cães! Em sinais prefigurado, por Abrão foi imolado, no cordeiro aos pais foi dado, no deserto foi maná. Bom pastor, pão de verdade, piedade, ó Jesus piedade, conservai-nos na unidade, extingui nossa orfandade, transportai-nos para o Pai! Aos mortais dando comida, dais também o pão da vida; que a família assim nutrida seja um dia reunida aos convivas lá do céu!

Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu sou o pão descido do céu; quem deste pão come, sempre há de viver! (Jo 6,51)

EVANGELHO (Marcos 14,12-16.22-26)
14 12 No primeiro dia dos Ázimos, em que se imolava a Páscoa, perguntaram-lhe os discípulos: Onde queres que preparemos a refeição da Páscoa? 13 Ele enviou dois dos seus discípulos, dizendo: "Ide à cidade, e sair-vos-á ao encontro um homem, carregando um cântaro de água. 14 Segui-o e, onde ele entrar, dizei ao dono da casa: 'O Mestre pergunta: Onde está a sala em que devo comer a Páscoa com os meus discípulos?' 15 E ele vos mostrará uma grande sala no andar superior, mobiliada e pronta. Fazei ali os preparativos. 16 Partiram os discípulos para a cidade e acharam tudo como Jesus lhes havia dito, e prepararam a Páscoa". 22 Durante a refeição, Jesus tomou o pão e, depois de o benzer, partiu-o e deu-lho, dizendo: "Tomai, isto é o meu corpo". 23 Em seguida, tomou o cálice, deu graças e apresentou-lho, e todos dele beberam. 24 E disse-lhes: "Isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado por muitos.
25 Em verdade vos digo: já não beberei do fruto da videira, até aquele dia em que o beberei de novo no Reino de Deus". 26 Terminado o canto dos Salmos, saíram para o monte das Oliveiras.
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!

SOLENIDADE DE CORPUS CHRISTI
Neste ano, na Solenidade de Corpus Christi - do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo (dia 07/06) -, vamos unir-nos com os católicos da Irlanda e de todo o mundo, que realizarão, logo mais, o próximo Congresso Eucarístico Internacional, em Dublim, nos dias 10 a 17 de junho. O Congresso Eucarístico de Dublim terá uma forte tônica missionária: Eucaristia, evangelização e missão estão estreitamente relacionadas.E aqui, em São Paulo, vamos recordar os 70 anos do 4º Congresso Eucarístico Nacional, promovido em 1942 por Dom José Gaspar D'Affonseca e Silva, 2º Arcebispo de São Paulo. Foi um evento de extraordinário significado para a Cidade e para nossa Arquidiocese. Foi celebrado no Vale do Anhagabaú e teve como lema: "Vinde todos a mim!"Faremos um Tríduo em preparação à Solenidade de Corpus Christi, em todas as Paróquias, Comunidades e igrejas. E, na Quinta Feira de Corpus Christi, próximo dia 07 de junho, faremos uma grande concentração eucarística na frente da igreja de Santa Ifigênia, a partir das 09h00; em seguida, sai a procissão eucarística, passando pelo viaduto de S.Ifigênia, o Largo de S.Bento, a Praça Patriarca e o Largo S.Francisco, até à Praça da Sé, onde será celebrada a Missa e dada a bênção. Convido todo o povo da Arquidiocese a participar. Acesso fácil pelo metrô. Será muito bonito!
A Igreja de Cristo é uma "Comunidade Eucarística", porque vive de Jesus Cristo. Isso vale também para cada Paróquia, Comunidade de discípulos reunidos em torno de Jesus Cristo, convocados pela sua Palavra, alimentados por essa mesma Palavra e pelo "Pão da Vida", que é Jesus, e enviados novamente em missão por Ele. Quando participamos da Eucaristia, tornamos perceptível e "visível" o Mistério profundo da Igreja. A Igreja celebra a Eucaristia e a Eucaristia faz a Igreja.Participemos sempre com fé, alegria e gratidão da Missa. Sem participar da Eucaristia, sobretudo todos os domingos, nossa referência a Jesus Cristo e à Igreja fica muito vaga e tende a se perder por completo. Nesta festa de Corpus Christi, queremos reavivar a consciência de nossa relação essencial e inseparável com Cristo, Senhor da Igreja, que se faz presente entre nós no Sacramento da Eucaristia.A participação, todos os Domingos, da celebração da Eucaristia, nos proporciona a comunhão íntima com Jesus Cristo e com a Igreja, seu Corpo Místico, seu Povo. Assim fazendo, nós crescemos na fé, na vida cristã e em santidade, junto com nossos irmãos de fé. Ao participarmos da única mesa eucarística e do mesmo Pão de Deus, entregue a nós pelo Pai celeste, crescemos na consciência dos profundos laços de fraternidade que nos unem a todos irmãos, membros do mesmo Corpo de Cristo, que é a Igreja.Querido Povo de Deus em São Paulo, a Eucaristia é a maior Bênção de Deus para a humanidade pois, por Cristo, com Cristo e em Cristo, Deus continua a vir ao nosso encontro, a nos falar, a nos amar, alimentar e confortar no caminho da vida, rumo à Casa do Pai.

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